Thursday, November 23, 2006

Festival Para Gente Sentada 2006


Santa Maria da Feira recebe pelo terceiro ano consecutivo um dos mais invulgares festivais de música nacionais. Chama-se Festival Para Gente Sentada e num ambiente envolvente e sedutor recebe já amanhã e Sábado (dias 24 e 25 de Novembro) alguns dos novos anfitriões da música alternativa.
A presença bem representativa do new folk e do universo songwriter da pop alternativa faz desta terceira edição do Festival Para Gente Sentada um exemplo de criatividade e singularidade. Com Adam Green, Stuart Robertson e Fink no dia 24 de Novembro e Ed Harcourt, Emilian Torrini e Sparklehorse no dia 25, este festival parece cada vez mais direccionado para um público peculiar e exigente com vontade de estimular e aprofundar a sua vocação musical.
Destaque aqui para a presença de Sparklehorse que, muito provavelmente, será um dos momentos fortes do certame. O projecto do músico Mark linkou centrará a sua a apresentação no novo disco da banda, Dream For Light Years In The Belly of a Mountain. De salientar a produção de David Friedman (habitual colaborador dos Mercury Ver e Flaming Lips) e Danger Mouse neste novo trabalho dos norte-americanos Sparklehorse.
O Festival Para Gente Sentada começa já amanhã no Cine-teatro António Lamoso. Os bilhetes encontram-se à venda nas Lojas Fnac, Posto de Turismo de Santa Maria da Feira, Cine-teatro António Lamoso e na Ticketline. Em dias do espectáculo o preço sobe de 20 para 25 euros (bilhete geral) e de 15 para 18 euros (um dia).

Cultura celta em Ponte da Barca


A Câmara Municipal de Ponte da Barca, numa parceria com a Faculdade de Filosofia da Universidade do Minho, promove o Congresso Transfronteiriço de Cultura Celta.
O Congresso irá realizar-se depois de amanhã, dia 25, no Auditório da Epralima de Ponte da Barca, com o objectivo do estudo científico da presença da cultura celta na Península Ibérica.
Vários são os especialistas que irão marcar presença no Congresso, nomeadamente o director do Instituto de Estudos Celtas de Espanha, Ramon Sainero e a coordenadora científica do projecto, a professora Fátima Lobo, docente da Faculdade de Filosofia de Braga.
Irão ser desenvolvidas várias actividades ao longo do dia, entre as quais se destacam a criação artística com modalidades de fotografia, pintura, escultura, poesia e a organização de uma exposição subordinada ao tema: "Ponte da Barca e a Cultura Celta".
Este evento pretende promover a discussão sobre a celtização do noroeste da Península Ibérica, assunto bastante debatido e alvo de investigação por parte de vários especialistas, que terão aqui a oportunidade de debater e expor as suas ideias e opiniões sobre o tema.

Thursday, November 16, 2006

“ANOS 80: UMA TOPOLOGIA”

O Museu de Arte Contemporânea de Serralves inaugurou, no passado dia 10 de Novembro, a exposição “ANOS 80: UMA TOPOLOGIA” que deverá permanecer até 25 de Março do próximo ano. Sendo uma das maiores exposições apresentadas em Serralves, integra cerca de 250 obras de referência de 73 artistas de todo o mundo. Esta mostra traduz o esforço de compreender uma década marcada por diversas mutações ao nível social, político e cultural das quais somos inevitável produto.Ao nível artístico este período observa um certo cepticismo confrontado aos anos que se lhe antecedem, daí que, como resposta evoque lugares de incerteza, de ambivalências simultâneas, de possibilidades ilusórias. Esta exposição reflecte, portanto, diferentes ângulos e perspectivas que assumem como paradigma imagens não-artísticas, incertezas espaciais e somáticas que se vergam aos não-lugares, às fragmentações e mutações.Estes trabalhos enfatizam a necessidade de rever a obra de arte como lugar de transformação (escultura/linguagem, nome/imagem, padrão/escrita, arquitectura/escultura, pintura/fotografia).Anos 80: Uma Topologia constitui-se a partir de núcleos geográficos (ex: Düsseldorf, Colónia, Áustria/Países de Leste, Bélgica/Holanda, França, Grã-Bretanha, Península Ibérica, América do Sul, Nova Iorque, Los Angeles, Vancouver, artistas isolados), uma visão extensa de um período marcado pela perda do sentido de lugar ou pertença, de luta pela liberdade pessoal . A não perder.

Monday, November 13, 2006

Rui Veloso troca “ Os Vês pelos Bês” na comemoração dos 25 anos de carreira

Rui Veloso comemorou os 25 anos de carreira com um regresso memorável aos palcos do Coliseu do Porto e do Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Nos dias 3, 4 e 11 de Novembro, o músico festejou o aniversário da sua carreira com três horas de concerto, que foram bem preenchidas com os temas que mais marcaram a carreira do músico e com a especial participação de Mariza, Rio Grande, Luz Casal, Jorge Vadio e Azeitonas.
Os concertos de 3 e 4 de Novembro foram um regresso a casa para o músico, que não escondeu estar emocionado por voltar a pisar o palco do Coliseu do Porto e por partilhar com o “seu” povo um espectáculo tão bem pensado e ensaiado. Como seria de esperar, a sala esteve completamente cheia e quem não comprou bilhete atempadamente não teve o prazer de assistir a esta festa.
Os lisboetas também puderam trocar “os Vês pelos Bês” no dia 11 de Novembro no Pavilhão Atlântico, num espectáculo com uma deficiente acústica, que não deixou, porém, de ter um final feliz. Aqui, a participação dos Azeitona foi substituída por Jorge Vadio, que em nada modificou a qualidade do concerto.O protagonista de “Chico Fininho” apresentou-se em palco com a sua guitarra eléctrica, uma das suas grandes paixões e foram projectados ao longo de todo espectáculo vídeos, imagens e recortes de jornais que relembram momentos que marcam este percurso de 25 anos. “Porto Covo”, “O prometido é Devido”, “A Paixão”, “Primeiro Beijo” são temas que não podiam deixar de estar presentes neste rememorar de toda a carreira do músico.

Tuesday, November 07, 2006

Guimarães Jazz 2006: um cartaz "feliz"

Wayner Shorter, “lenda vivda” no mundo do jazz dá as boas-vindas a mais uma edição do Guimarães Jazz. Dia 8 de Novembro, o saxofonista e compositor, que pisa diariamente a passadeira vermelha do jazz abre o “certame” que só terminará no dia 18 do mesmo mês. Shorter já trabalhou com Art Blakey, com o quinteto maravilha de Miles Davis e ainda com os Weather Report, o super-grupo de fusion. Mas ainda há mais! É só ir até ao fecho do Guimarães Jazz, e ver Charlie Haden a tocar com a Liberation Music Orchestra e Carla Bley.
De facto, desde 1992 que a organização deste evento se tem aprumado para a realização de um dos maiores festivais de Jazz no panorama nacional e a edição de 2006 não é excepção. Para além dos nomes já citados, ainda há uma série de argumentos de peso que fazem deste Guimarães Jazz uma receita de sucesso. Marc Copland Trio & Tim Hagans, Abdullah Ibrahim’s Trio, Andrew Hill 4tet são alguns dos nomes convidados para a 15ª edição do evento, que terá lugar no Centro Cultural Vila Flor (CCVF).
De salientar que, para além dos 10 concertos, o programa inclui também, como actividades paralelas, Oficinas de Jazz. Alexis Quadrado (contrabaixo), Mark Ferber (bateria), Brad Shepik (guitarra) e John Ellis (saxofone) são os músicos convidados para orientar as ditas oficinas que durante 10 dias se realizarão no CCVF e participar nas já tradicionais “jam-sessions” na Convívio-Associação Cultural. Sem dúvida uma troca de experiência entre aqueles que começam uma carreira no mundo de Jazz e os já veteranos nestas andanças.
Um certame recheado de surpresas que se perspectiva como o “melhor de sempre”, salienta José Bastos, administrador do Centro Cultural de Vila Flor. O programador do festival, Ivo Martins, em conferência de imprensa, acentua um resultado “feliz”.

Monday, November 06, 2006

“Olhar os jornais, o olhar dos jornais”

"O século XX nos jornais portugueses". Foi este o tema que Luís Trindade escolheu para o seu mais recente livro-álbum onde, de uma forma selectiva, distinguiu os acontecimentos históricos e políticos que marcaram o último século.
Trata-se de um original livro onde estão compilados pequenos extractos da nossa História nas primeiras páginas dos principais jornais portugueses do século XX.
Luís Trindade seleccionou 45 acontecimentos retratados por 135 primeiras páginas dos jornais portugueses. Temas como o regícidio em 1908, o governo de Salazar, o 25 de Abril, a independência de Timor são tratados de um forma especial devido à sua importância e complexidade.
Como introdução, Luís Trindade reflecte um pouco sobre o modo como o jornalismo evoluiu ao longo do século XX, passando de um jornalismo de "políticos e escritores" para um jornalismo realmente informativo.

Aqui fica a sugestão de uma leitura que se apresenta no mínimo... informativa!